Mitos e verdades sobre o silicone

 

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O Brasil está em segundo lugar no ranking mundial de implantes de próteses mamárias, atrás apenas dos Estados Unidos. Ainda assim, deixa muitas dúvidas na cabeça das milhares de brasileiras que sonham em aumentar o tamanho de seus seios.

A cirurgia dura em torno de 40 a 60 minutos e pode ser feita através de anestesia local com sedação ou por anestesia geral. “Pode-se permanecer no hospital até a manhã seguinte ou receber alta após algumas horas”, comenta Dr. Victor Lima, cirurgião plástico, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Confira alguns mitos e verdades destacados pelo Dr. Victor Lima:

– Prótese de silicone deve ser trocada a cada 10 anos?

Não! Estamos já na 5ª geração tecnológica das próteses de silicone. Isso significa uma maior compatibilidade com o organismo e mais segurança para a mulher. A prótese só deve ser trocada quando exibe alguma alteração como contratura da cápsula que a circunda – que tem um índice de ocorrência bem baixo nos primeiros 10 anos (inferior a 2% nos tipos de prótese que eu uso). A ruptura do implante é algo mais raro ainda e também pode ocasionar troca, mas não é nenhuma emergência e não gera nenhum prejuízo à saúde da portadora, pois os silicone de hoje em dia não migram para além da prótese.

– O implante mamário impede o diagnóstico de câncer de mama?

Não! A mulher portadora de implantes de silicone continua precisando se cuidar e prevenindo o câncer mamário, e fazendo auto-exame das mamas acompanhado de mamografia anual. Existe uma forma de fazer mamografia voltada para quem tem próteses que visa mostrar melhor ao radiologista o tecido mamário para diagnóstico de nódulos que podem vir a ser um câncer. E no caso de dúvida após uma mamografia, pode-se fazer uma ressonância que confirma ou descarta de vez o problema.

– Próteses de silicone impedem a amamentação?

Não! Estudos feitos nas últimas décadas no mundo todo são categóricos em afirmar que a cirurgia de prótese de mama não afeta a amamentação. A cirurgia é realizada por trás da glândula mamária, portanto o espaço ocupado pela prótese não viola as glândulas e ductos que produzem e armazenam o leite materno. Entretanto, há de se saber que a amamentação é uma complexa atividade fisiológica dependente do bom funcionamento de diversos processos hormonais, neurológicos, e psicológicos. Portanto, mesmo mulheres sadias e não operadas podem ter dificuldades na amamentação se não houver harmonia entre todos os processos

-Existe uma idade certa para operar?

Sim. Os especialistas das Sociedades Internacionais de Cirurgia Plástica concordam que mulheres podem considerar cirurgias nas mamas a partir dos 18 anos. É a idade aproximada na qual a formação do tecido mamário chega a sua maturidade final, portanto estando pronto para sofrer intervenções cirúrgicas.

-Posso colocar o volume que eu quiser?

Não! Esta é uma das dúvidas mais frequentes. É muito comum chegar ao consultório médico com uma ideia pré-estabelecida de qual tamanho de prótese é ideal para seu caso. Afinal, sempre temos amigas que já passaram pela cirurgia e por terem um resultado bom, achamos que precisamos de algo similar. Entretanto é importante deixar o cirurgião fazer uma análise e exame completos. Apenas com estes dados e medidas precisas do seu tórax, associado ao seu desejo de tamanho é que se pode ter uma ideia de qual é o tamanho de prótese ideal. Em resumo: cada caso é um caso, e às vezes a prótese que ficou perfeita na sua amiga pode não ficar perfeita em você – e é dever do seu cirurgião escolher o tamanho de implante que trará a você o resultado final desejado.

-A prótese funciona também para levantar os seios?

Sim. As próteses de mama tem a capacidade de levantar mamas caídas. Entretanto quando a queda é considerável, somente a inclusão de implantes pode não ser o suficiente para reposicionar as mamas de forma adequada. Nestes casos, é necessário associar a colocação das próteses a uma técnica de suspensão mamária que retira excesso de pele e glândula.

Fonte: Exame

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